domingo, 15 de maio de 2016

Sarna em suínos

Os suínos são suscetíveis a dois tipos de sarna a sarna sarcóptica e a sarna demodécica, a sarcóptica e a mais recorrente do que a demodécica, mas ambas geram grandes danos a condição corpórea dos suínos.

Sarcoptes scabiei

Mais conhecido como escabiose, com predileção da pele, pertencente da classe Arachnida e subclasse Acari, e ordem, Acariformes, subordem sarcoptiformes e família Sarcoptidae.
O Sarcoptes scabiei, quando adulto tem formato arredondado, as fêmeas medem 0,3-0,6 mm de comprimento e 0,25-0,4 mm de largura, os machos são menores que s fêmeas, podendo parasitar todos mamíferos domésticos e o homem.
O ciclo de vida ocorre no hospedeiro, os parasitas se reproduzem na superfície cutânea, a fêmea faz sulcos na superficie cutanea que tem ate 2-3 cm de comprimento podendo chegar a 5 mm por dia, cada fêmea ocupa um sulco, onde ela põe seus ovos durante 2 meses, 3-4 dias os ovo alcançam a maturação, o ciclo de vida de ovo a adulto dura de 17 a 21 dias, este ácaro tem dustribuiçao mundial, ou seja, nenhum país esta livre de um surto de ácaros.
fonte: M.A. Taylor, R.L. Coop & R.L. Wall, (2007) 3° edição, "Parasitas de suínos" Parasitologia veterinária.  Guanabara Koogan SA, página 293.





Sarna sarcóptica

Suínos com esse tipo de sarna comprometem seu corpo por coçarem constantemente, gerando sinais como perda de pelos, prurido e erupções papulares com eritema, com o tempo a pele se torna espessada e com crostas, o dano gera exsudatos e podendo ter danos secundários causados pelo ato de coçar do hospedeiro.
Nas áreas afetadas tem descamação na margem da lesão indicando a disseminação do ácaro, em casos graves à perda de apetite seguida por perda de peso, cegueira, comprometimento da audição e exaustão.

Patologia


O inicio e marcado por surgir eritema em volta dos olhos, focinho, e na parte externa das orelhas, axilas, e em frente dos jarretes, devido a pele ser mais fina. Escoriações são causadas nessas áreas afetadas formando escamas acastanhadas. Consequentemente, a pele fica enrugada coberta com lesões com crostas e espessas.


fonte: M.A. Taylor, R.L. Coop & R.L. Wall, (2007) 3° edição, "Parasitas de suínos" Parasitologia veterinária.  Guanabara Koogan SA, página 294.

Diagnóstico

O diagnostico para sarna sarcóptica inclui:
·         Observar  as pontas das orelhas sendo que são acometidas primeiro pelo fato do hospedeiro se esfregar e coçar.
·         Presença de prurido intenso que é característico da sarna sarcóptica, mas quando se tem ausência de prurido se exclui a possibilidade de ser sarna sarcóptica.
·         A sarna e altamente contagiosa, sendo raro encontrar somente um animal infectado em animais com contato estreito.

Epidemiologia

O contagio de novos hospedeiros se da pelo contato com animais infectados, as larvas estão presentes na superfície da pele, aumentando o nível de infestação. Pode ser transmitidos entre animais adultos e sendo que a mãe também pode infectar a prole ao nascimento. Existe também a possibilidade de infestação indireta, os ácaros têm mostrado a capacidade de sobreviver fora do hospedeiro entre 2 a 3 semanas dependendo do ambiente onde ele estiver, ou seja, é importante executar manobras profiláticas no ambiente de criação dos animais.

Tratamento

A sarna sendo diagnosticada, e de extrema importância o isolamento dos suínos, os fármacos utilizados são amitraz, cipermetrina, citronelal, clorpirifós, crotoxifós, fenclorfós, fenvalerate, ivemectina, lindame, metoxiclor, permetrina, fosmet, toxaphene.
O método mais eficaz para controle da sarna e o método puor-on (pulverização) a base de fosmete e também as lactonas macrocíclicas.

Controle

E comum tratar as porcas antes da maternidade, pois elas são o principal reservatório de infecção, sendo bem mais vantajoso tratar as fêmeas antes de parirem para que não infecte os filhotes com o parasita, melhorando até no índice de desenvolvimento dos filhotes.
E importante também tratar os varrões (machos escolhidos para reprodução) a cada 6 meses, sendo que quando este varrão escolhido seja de outra fazenda, recomenda-se que este animal fique em quarentena, para que não infecte as fêmeas durante a monta.
No tratamento de suínos já infectados, usa-se acaricidas semanalmente, sendo por aplicação direta ou de pour-on, ate que tenha-se a diminuição dos sinais. Os locais para aplicação são no dorso 3-7 dias antes do parto, e uma pequena quantidade da dose nas orelhas, como por exemplo pode ser usado lactonas macrocíclicas.


Sarna Demodécica

Demodex phylloides

Este parasita diferente do Sarcoptes scabiei tem predileção por folículos pilosos e glândulas sebáceas, com especificação nas pálpebras, pertencente da classe Arachnida, subclasse Acari, ordem das Acariformes, subordem Trombidiformes e família Demodicidae.
Com o corpo alongado, se afila gradualmente, tem até 0,1-0,4 mm de comprimento e quatro pares de pernas com pequenas garras rombas em adultos. Hospedam somente suínos.
Vivem somente na pele como comensais, ocupando folículos pilosos e glândulas sebáceas, as fêmeas chegam a depositar de 20-24 ovos em forma de fuso no folículo piloso, um unico folículo pode abrigar  pode abrigar todos os estagios do ciclo de vida deste parasita que são protoninfa octópode, tritoninfa e adulto, este ciclo dura de 18-24 dias.
Espécies de Demodex conseguemir muito mais profundo na derme do que os sarcoptídeos,e com isso sao muito menos acessiveis a acaricidas de açao superficial, porem este parasita so consegue viver no hospedeiro. Este parasita também tem distribuição mundial.
As infestações geralmente ocorrem na cabeça, com eritema, pápulas e espessamento da pele. Tem ruptura de folicular ou infecção secundarias, surgindo pústulas e nódulos.





Patologia

A parte ventral do abdome e pescoço, pálpebras e o focinho ficam envolvidos por lesões, iniciando-se por pequenas máculas vermelhas, que se desenvolvem em nódulos cutâneos com descamação superficial, liberando restos caseosos espessos brancos.

fonte:http://ww3.panaftosa.org.br/Comp/MAPA/5621217.pdf


Diagnóstico

Os exames para se ter uma confirmação da presença desse ácaro são de raspados profundos de pele, pois o Demodex phylloides se aloja muito fundo em folículos e glândulas, um método para conseguir raspar mais profundo com facilidade é segurando uma dobra da pele, aplicando parafina líquidae raspando até sangrar.

Epidemiologia

Sendo profunda na derme sua transmissão e mais difícil, a menos que se tenha um contato prolongado como no caso de fêmeas amamentando, porem esse tipo de sarna e muito raro em suínos.

Tratamento

Não existe tratamento em muitos casos, geralmente se resolvem espontaneamente fazendo com que o tratamento não seja necessário.
Fármacos organofosforados e lactonas macrocíclicas sistêmicas tem efetividade assim como no caso da sarna sarcóptica.

Controle

Pela raridade e por melhorar com o tempo o controle e raramente realizado.



Referência bibliográfica:

M.A. Taylor, R.L. Coop & R.L. Wall, (2007) 3° edição, Parasitologia veterinária. Guanabara Koogan SA, SBNIGRI.











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