Oxyuris
equi é uma espécie de parasita pertencente à classe Nematoda, ordem Ascaridida,
família Oxyuridae. Ele acomete o trato gastrointestinal do equino, que é onde
ocorre a ingestão, digestão e absorção dos alimentos .Tem como hospedeiro
definitivo os equinos, e se localizam no ceco, cólon e reto dos hospedeiros. Durante
o ciclo de biológico as fêmeas adultas migram do intestino até a região
perianal do animal, exteriorizam sua extremidade anterior e depositam os ovos
envoltos por uma substância gelatinosa, que mantém os ovos fixos no local até
se desenvolverem a fase infectante.
Ao
ingerir os ovos infectados, as larvas serão liberadas no intestino delgado,
movendo-se para o ceco e cólon, onde ocorrerá a muda para a fase infectante. Os
ovos resistem a dessecação, podendo permanecer por longos períodos no
ambiente.
A
principal fonte de infecção são os próprios equinos, pois quando a fêmea adulta
do Oxyuris equi deposita os ovos no ânus do equino, provoca um intenso prurido
ou coceira, e na tentativa de aliviar esses sintomas, os equinos mordem a
cauda, ingerindo os ovos, esfregam-se nas baias, cercas, troncos, contaminando
as instalações e em muitos casos, a água e os alimentos.
O Oxyuris
equi não costuma originar uma doença ,o incômodo maior se dá pelo prurido anal
causado pelo parasita durante a postura dos ovos, e pelo ato de coçar, onde o
animal acaba provocando uma lesão e aumentando as chances de infecções
bacterianas. Podemos perceber que depois de pedir ultrassom pequenas erosões na
mucosa intestinal que podem gerar respostas inflamatórias.
O
diagnóstico será feito com base nos sinais clínicos de inquietação, prurido
intenso ao redor do ânus, falta de apetite ou perda de condição corpórea Porém
o melhor método para diagnosticar esses parasitas é na histopatologia onde
vamos aplicar na região anal e perianal uma tira de fita gomada transparente,
os ovos presentes, ficarão aderidos na fita, que deve ser colocada sobre uma
lâmina microscopia e examinada ao microscópio.
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Lamina devidamente identificada para exame
microscópio
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O
tratamento pode ser realizado com Triclorfom. Administrar por via oral, diluído ou misturado
a ração, ou através de pulverização após diluição na água a dose correta para
equinos é de 30-40 mg/Kg .Esse medicamento é um organofosforado que causa o
amolecimento da fezes, é utilizado para controle de formas adultas de
nematódeos gastrointestinais. Não deve ser utilizado em équas durante o último
mês de gestação.
Referências
Bibliográficas:
TAYLOR, M. A.; COOP, R. L.; WALL, R. L.
Parasitologia Veterinária. 3. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
BERNE, M. E. A. Parasitoses gastrintestinais de
equinos. In: CORREA, F.R.; SCHILD, A.L.; MÉNDEZ, M.D.C.; LEMOS, R.A A. Doenças
de ruminantes e equinos. São Paulo: Livraria Varela, 2001. cap.1. p. 141-146.
v. II.
Imagens retiradas do blog ENBREQUI.
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