A Babesiose equina é uma doença transmitida por carrapatos
contaminados, causada pela Babesia
caballi pertencentes ao gênero Babesia. O parasito é injetado no hospedeiro
junto á saliva do carrapato vetor e infecta diretamente as hemácias, o parasito
geralmente se multiplica em duas células filhas, que por sua vez deixam a
hemácia parasitada e entram em outra hemácia não parasitada. Essa doença é mais
comum em regiões tropicais e sub-tropicais, onde há maior proliferação do
carrapato vetor.
Figura 1 – Carrapatos Dermacentor nitens, principal vetor da Babesia Caballi
Fonte:
Blog Patologia Veterinária
Sinais
Clínicos
As manifestações clínicas da babesiose incluem febre,
anorexia, anemia devido à hemólise, petéquias nas mucosas, icterícia e edemas (THOMASSIAN,
2005). A principal queixa dos proprietários de cavalos de competições é a
redução do desempenho do animal, que é conseqüência da anemia intensa.
Figura 2 - Cavalo com
infestação de carrapatos
Fonte:
Blog Patologia Veterinária
Figura
3 – Acúmulo de líquido (Edema) na região ventral
Fonte:
Portal de Veterinária
As alterações microscópicas encontradas na babesiose
também ocorrem em várias outras enfermidades, as lesões mais frequentemente
encontradas são: degeneração dos hepatócitos e linfonodos com aumento de
macrófagos.
O diagnótico da babesiose é feito baseado nos sinais
clínicos e pelos exames complementares, utilizando a técnica de PCR.
Tratamento
A babesiose é tratada pelo uso de babesicida, o fármaco
mais comumente utilizado em eqüinos é o dipropionato de imidocarb (Imizol) numa
dose de 2,2mg/kg por via intramuscular. A dose pode variar dependendo do peso e
estágio da doença do animal.
Figura 4 - Dipropionato
de imidocarb (Imizol)
Fonte: Shopping do Campo
Ação
do Fármaco
O
Imidocarb age diretamente no parasito, causa alterações morfológicas e
funcionais no núcleo e no citoplasma do parasito. Quando administrado é
rapidamente absorvido pela via intramuscular, atingindo altos níveis sanguíneos
e é amplamente distribuído para todo o tecido, que servem como reserva,
resultando num efeito antiprotozoário prolongado.
Efeitos
Colaterais do Fármaco
Este fármaco pode provocar dor e irritação no local de
aplicação. Pode, ainda, provocar efeitos colinérgicos, tais como salivação
excessiva, secreção ocular, diarréia, cólicas e efeitos neuromusculares como
tremores e convulsões, embora essas reações sejam raras, podem ocorrer e levar
ao óbito do animal, sendo possível atenuar estas reações com sulfato de
atropina.
O fármaco deixa resíduos no fígado e rins por longos
períodos, podendo levar à necrose dos mesmos (BARROS; DI STASI, 2012).
Referências
Bibliográficas
ROBINSON, Edward;
SPRAYBERRY, Kim. Robinson’s Current
Therapy in Equine Medicine, 7th Edition. Saunders, 2014.
ADAMS, H. Richard. Booth.
Farmacologia e Terapêutica em Veterinária, 8ª edição. Guanabara
Koogan, 2003.
BARROS, Ciro Moraes; DI STASI, Luiz (eds.). Farmacologia
Veterinária. Manole, 2012.
Referências
Eletrônicas
Tratamento
– Babesiose. Portal Educação, 25 fev. 2013.
Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/35440/tratamento-babesiose.
Babesiose
em Equinos. Patologia Veterinária, 04 out. 2014. Disponível em: http://patologiaveterinaria12.blogspot.com.br/2014/10/babesiose-em-equinos.html
Imizol
Resumo das Características do Medicamento. Direção-Geral de
Alimentação e Veterinária, jun. 2014. Disponível em: http://www.msd-animal-health.pt/Binaries/Imizol_RCM_03_tcm61-163922.pdf
Babesia
Caballi. Portal Educação, 20 mar. 2009. Disponível em:
http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/7792/babesia-caballi
Artigos
Marise Andri Piotto. Determinação da infecção por Theileria
equi e Babesia caballi em eqüinos
alojados na Jóquei Clube de São Paulo por meio da técnica de C-ELISA, 2009.
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